rascunhos

25-11 (1692)

Missas enquanto o mundo durar

 Aos vinte e cinco dias do mês de Novembro de 1692 se deu sepultura a Manuel André do Monte; faleceu com todos os sacramentos e fez manda e (?) por diante de mim e testemunhas, deixou que se lhe fizessem três ofícios com oito padres cada um e que acompanhassem seu corpo de casa até sepultura seis clérigos, e deixou para todas as confrarias dois mil (réis?) de esmola por uma vez somente, e deixou a sua metade da sua leira das Mourelas que parte com Domingos Rodrigues e com os (enteados?) de Manuel João à confraria do Senhor e da Senhora tanto a uma como a outra, com obrigação das ditas confrarias lhe mandarem dizer ambas em cada um ano uma missa enquanto o mundo durar, no dia da festa principal ou do Senhor ou da Senhora; e deixou tanto que Deus o levasse lhe mandassem dizer uma missa no altar privilegiado, e deixou o seu casacão a seu sobrinho Manuel Dias, e a Manuel André seu sobrinho deixou uma capa de baeta, a Manuel da Cunha o seu vestido (?) chapéu e sapatos com duas camisas, a cada um dos seus sobrinhos assim da sua parte como da sua mulher dois alqueires de pão, e que sua mulher gozasse os proveitos de sua fazenda enquanto vivia e por sua morte deixasse aos sobrinhos dele testador, e o mesmo fez sua mulher conforme fica dito acima que também deixou a sua metade da mesma terra dos Bicos ou Mourelas às sobreditas confrarias do Senhor e da Senhora com obrigação de uma missa pela forma sobredita; e do demais que constava do testamento que lhe redigiu (a publica forma?) cujo teor está no cartório de João de Figueiredo, de que fiz este termo hoje dia mês era ut supra. (Assinatura) Oliveira.

Repartidas as esmolas. Ao Senhor 600, à Senhora 400, aos Fiéis 400, ao Espírito Santo 300, a (?) 100, a São Pedro 100, a (?) 100: Pagas as esmolas, cobrou o juiz António João. Pagou tudo. (Assinatura).

M2b-23 |Pardilhó, Aveiro